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Lapidação



LAPIDAÇÃO é o nome que se dá ao costume ancestral de matar uma pessoa através do apedrejamento, costume ainda em uso em vários países, sobretudo os que adotam a Sharia, como é chamada a Lei Islâmica praticada nos países muçulmanos.


Quando é publicada a notícia da condenação a morte por apedrejamento de uma pessoa, geralmente uma mulher, nós, cristãos ocidentais, nos horrorizamos, e com razão. Contudo, nos esquecemos que já fizemos o mesmo em nome de Deus até bem pouco tempo atrás. A Europa caçou bruxas e as queimou aos milhares nas fogueiras da Inquisição, cujo uso e costume respingou aqui nas Américas. Os EUA, imortalizou-se por ter acusado mais de duzentas pessoas pelo crime de bruxariana cidade de Salém, no ano de 1694, das duzentas pessoas acusadas, dezenove foram executadas por enforcamento (catorze mulheres e cinco homens) e uma mulher idosa por apedrejamento, isso há pouco mais de trezentos anos. Portanto, é uma atitude hipócrita apontar o dedo acusatório para o outro sem olharos próprios defeitos, isso para dizer o mínimo.


Dito isso, é bom deixar claro que o objetivo dessa live não é atacar o islã ou qualquer outra religião. Nosso intuito é compreenderos elementos históricos e culturais que produziram a prática do linchamento, bem como procurar entender o que sustenta e mantém tal prática até os dias atuais nos países que adotam a Sharia, como é chamada a lei islâmica.



Essa prática existe até hoje. No dia 07 de abril de 2007, no Iraque, ma adolescente de 17 anos foi apedrejada até a morte por namorar um rapaz sunita. E não é excessão.


Fahimed Karimi, condenada à morte no dia 02/12/2022


No dia 02/12/2022 a treinadora de vôlei Fahimed Karimi, foi condenada à morte pelo governo do Irã por participar dos protestos por mais direitos para as mulheres no país. Estes são apenas dois exemplos de uma série interminável.

De onde vem esse costume?



O primeiro documento escrito que temos é essa peça de basalto negro contendo o Código de Hamurabi, hoje no Museu do Louvre, em Paris. Essa estela foi encontrada na cidade de Susa, atual território do Irã, o mesmo Irã que condenou a treinadora de vôlei no mês de dezembro passado. A cidade de Susa foi fundada por volta de 4mil aC. De início foi uma cidade Suméria, depois foi invadida pelos elamitas e finalmente caiu sob o controle de Ur. A mesma Ur de onde saiu Abraão em sua saga para conquistar Canaã, a Terra Prometida.



Depois de ter quebrado os “ídolos” do seu pai, a caravana do patriarca Abraão trouxe para Canaã o modelo de religião monoteísta, bem como as crenças e os costumes que existiam há milênios na Suméria e que Hamurabi registraria tempos depois no primeiro Código da história.



Hamurabi viveu lá pelos idos de 1800 aC, e seu código registrou costumes milenares. A Mesopotâmia era regida pela lei de talião, olho por olho, dente por dente, contudo, cada um fazia do seu jeito, aplicava a pena como bem entendesse. Assim, a pena de morte era largamente aplicada, seja na fogueira, na forca, por afogamento ou lapidação. É bom que se diga que Hamurabi não inventou tais leis, elas faziam parte dos costumes existentes naqueles tempos.



Hamurabi foi um grande general e ia para a frente de batalha. Uma vez conquistada, a cidade se rendia, e a elite era presa ou morta caso não se submetessem. Contudo, para manter o império era preciso mais do que apenas vencer as batalhas. Era preciso manter a ordem nos territórios conquistados através da padroonização das leis. Foi isso o que Hamurabi fez brilhantemente. Além de grande general, ele foi um administrador perspicaz e um brilhante legislador, pois legou à humanidade a organização de um dos mais antigos e importantes conjuntos de leis. Seu legado foi absorvido pelos judeus, que viveram exilados na Mesopotâmia durante séculos, assim como pelos árabes.



Na Lei Mosaica há várias razões que podem condenar uma pessoa à morte por apedrejamento. Entre os judeus esse era o método mais comum de execução da pena de morte. Há inúmeras referências da lapidação no Antigo Testamento: (Dt 13:5-10; 17.7) - (Êx 8.26 – 19.13 – 21.28 a 32 – Lv 20.2, 10, 27 e 1 Rs 21.10.


Martírio de Santo Estevam (1625) Rembrandt


Estevam foi o primeiro mártir do cristianismo. Sua história aparece no Novo Testamento em Atos dos Apóstolos. Ele participou da formação da Igreja primitiva logo após a morte de Jesus. Foi contemporâneo de Saulo (Paulo). A história de ambos é contada em um livro psicografado por Chico Xavier, atribuído ao espírito Emmanuel, considerado pela Federação Espírita Brasileira um dos dez maiores livros espíritas do século XX.


O Novo Testamento combate o apedrejamento. “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Lucas 13:34 A resposta de Jesus aos que queriam apedrejar uma mulher foi clara: Atire a primeira pedra... – Jo 8.5 – 10.31 a 33.


Embora presente no Antigo Testamento, os judeus aboliram esse costume. Quanto ao cristianismo, o apedrejamento nunca foi aceito pelo Cristo. Contudo, a lapidação continuou firme e forte nos países muçulmanos. Por que? Essa não é apenas uma constatação, é um problema. Para nós, ocidentais, é uma questão de tentar entender o por quê, no entanto, para as centenas de milhares de mulheres muçulmana, é uma questão de sobrevivência, pois vivem permanentemente ameaçadas de morte.


Sabemos que o apedrejamento não é uma exclusividade muçulmana, sabemos também que o islamismo bebeu na fonte do judaísmo tanto quanto o cristianismo. Então, qual é a lógica por trás da manutenção desse costume dentro do islamismo? Por que ele continuou adotando a prática da pena de morte por apedrejamento quando o judaísmo a aboliu e o cristianismo jamais a aceitou? O que faz com que o islã ainda persista no uso desse costume? Para obtermos respostas é preciso entender a conjuntura política no Oriente Médio antes do surgimento do islã. Certamente encontraremos pistas para formular hipóteses.



A partir da adoção do cristianismo pelo Império Romano no século 4º dC, a Igreja Católica conseguiu fazer uma expansão notável em todo o território que circunda o mediterrâneo, ampliando consideravelmente sua área de influência. Mas isso não bastava, o Império e a Igreja buscavam mais. O Império ia atrás das mercadorias e a Igreja dos gentios para converte-los.


As rotas comerciais, responsáveis por transportar as mercadorias do Oriente ao Ocidente, impulsionavam o comércio em todo Império. As sedas e porcelanas vindas da China, assim como as especiarias vindas da Índia, tudo isso passava pela Península Arábica antes de chegar aos portos do Mediterrâneo para serem distribuídas.


Teodora na Basílica de São Vital, em Ravena.


Foi nesse fervilhar de interesses que floresceu o Império Romano do Oriente, posteriormente chamado de Império Bizantino.


Todos sabemos que junto com as mercadorias são igualmente transportadas ideias, crenças e cultura. Assim, de carona com o Império,o cristianismo romano entrou na disputa pelos espaços religiosos na Península arábica, que eramtambém espaços de expansão comercial e política.

O Oriente Médio possuía dois lugares de peregrinação: Um em Jerusalém, centro da difusão monoteísta e patriarcal e o outro era Meca, centro da devoção pagã e politeísta. Jerusalém e Meca eram verdadeiras “minas de ouro” para os desejos expansionistas do império, e por isso ambas se tornaram focos da cobiça.



Meca e Medina, as duas maiores cidades da Península Arábica naqueles tempos, tornaram-se centros de influência romana e cristã. Essa situação lançou as sementes para o surgimento do Islã. A Arábia foi submetida ao catolicismo romano, que competia com o paganismo pelo controle da região.O Islã surge como resposta a esse estado de opressão imposto pela religião dominante.


Crédito: Apoteose de Antoninus. www.neiu.edu

Enquanto o Império Romano foi politeísta, ele permitiu que os diferentes cultos existissem. Contudo, quando o cristianismo tornou-se a religião oficial em 380, o Império Romano impôs uma nova dinâmica ao universo religioso daquela época. O império adotou o monoteísmo cristão e decretou o fim das demais religiões. Tais decretos atingiram violentamente os cultos ancestrais praticados na Península Arábica.


Panteon romano. Wikimedia.com



No ano de 380 o imperador Teodósio I promulgou oÉdito de Tessalônica estabelecendo o cristianismo como religião oficial do Império Romano, abolindo todas as práticas politeístas e ordenando o fechamento de todos os templos pagãos dentro do império. Isso não foi pouca coisa, pois o Império Romano era dominante naquela época.


Roma e os bárbaros


Foi nesse contexto de expansão do Império Romano e do monoteísmo cristão promovido pelo Império Bizantino na Península Árabe que o islamismo nasceu, a fim de fazer frente a expansão do cristianismo. A situação era simples. Sem o islamismo a região seria dominada pelo cristianismo.



O islamismo não reconhecia a divindade de Jesus Cristo, tal qual proclamado no Concílio de Niceia, tanto quanto o judaísmo não reconhecia, nem reconhece Jesus como Messias. Tanto o Judaísmo como o Islamismo têm Jesus em grande apreço, contudo, apenas como profeta, nunca como divindade. Já o cristianismo, ele só foi aceito pelo Império Romano exatamente porque fez do Cristo a nova divindade a ser reverenciada pelo Império.


Imperador Constantino presidindo o Concílio de Niceia


O Imperador Constantino teve um papel preponderante no Concílio de Niceia ao conduzir a discussão sobre a natureza divina de Jesus e sua relação com Deus Pai. Constantino I organizou o concílio nos moldes do senado romano e o presidiu pessoalmente no ano de 325.



Não podemos esquecer que a antiga Niceia, atual İznik, fica na província de Bursa, na Turquia. Iznik fica 92 km de distância de Istambul, antiga Constantinopla, e que, apenas cinco anos depois do primeiro concílio, viria a se tornar o centro de referência do Império Bizantino. Ou seja, naquela época o poder emanava da Turquia e a igreja bizantina não estava para brincadeira.


Trezentos anos depois do primeiro concílio nasceu o islamismo. Era o ano de 630 quando, sob a liderança deMaomé, Meca se rendeu ao profeta e o islã tomou a Caaba. O crescimento do islã foi tão exponencial que não demorou muito para que o segundo Concílio fosse feito em Niceia a fim de conter o islã e a iconoclastia.





O objetivo desse concilio (787 d.C) foi discutir a verdadeira guerra de ideias que estava acontecendo dentro da cristandade naquele momento. A Igreja de Roma venerava os santos através de suas imagens, no entanto, a Igreja Bizantina questionava a veneração de imagens, admitindo unicamente pinturas murais e quadros. Observe que a religião trazida por Maomé não admitia “ídolos”, tal qual os bizantinos, mas, diferente destes, não aceitava a representação humana em quadros ou afrescos, desenvolvendo outro tipo de arte. O nascente islamismo lutava ferozmente para barrar o cristianismo promovido pelo Império Bizantino sediado em Istambul. O catolicismo romano promovia seus concílios bem perto de Istambul a fim de afrontar o Império Bizantino e o islã. A briga entre os três foi grande.



Muito antes do surgimento do Islã, a Caaba já era um solo sagrado e, em grande medida, o sentimento de santidade daquele loca lvinha do acolhimento de todos os deuses e deusas que eram honrados pelas diferentes tribos e clãs. A Caaba era um lugar onde todos os fiéis podiam se reunir para honrar uma divindade. Todas estavam representadas, todas as divindades eram bem-vindas, nenhuma forma de violência era permitida. Porém, isso mudou radicalmente depois da chegada do Império Romano e do cristianismo adotado por Roma.


A doutrina cristã se expandia pelo Oriente, inclusive colocando em vigoroso debate a questão da veneração das imagens. É fato que o Império Bizantino não admitia a veneração de imagens, permitindo apenas os ícones bidimensionais ou seja, quadros ou pinturas murais. Estátuas eram consideradas “ídolos” e por isso destruídas.



Foi nesse contexto de invasão e dominação cultural que Maomé começou a receber as primeiras revelações trazidas pelo Anjo Gabriel. Pode se dizer que não eram muito diferentes da Torá ou do Novo Testamento. Assim como já vinha acontecendo há muitos séculos, o islamismo nasceu alinhado com a concepção monoteísta que já vinha se fortalecendo desde a chegada dos deuses solares em substituição aos deuses lunares, colocando em cursoa destruição sistemática dos cultos pagãos. Foi nesse caldo cultural que nasceu o islamismo. Uma religião monoteísta que integra as chamadas Religiões do Livro, junto com o judaísmo e o cristianismo.



As pregações de Maomé incomodavam os grandes comerciantes da cidade de Meca porque ele condenava a devoçãoaos deuses pagãos em prol de um DEUS Único, masculino é claro. Pregar contra as divindades poderia afetar os negócios, uma vez que os comerciantes lucravam bastante com as peregrinações.



Não sendo bem-visto pelos comerciantes de Meca, Maomé fugiupara Medina, em 622. Esse acontecimento recebeu o nome de Hégira, que significa “exílio – separação” e inaugura o calendário islâmico. Depois de oito anos de batalhas entre Meca e Medina, no ano 630, sob a liderança de Maomé, Meca se rendeu sem resistência. Vitorioso, Maomé tomou posse de Meca e ordenou a destruição dos ídolos pagãos venerados na Caaba. Depois de tudo arrasado, então, ele ofereceu anistia à população local desde que ela se convertesse ao islamismo. Contudo, essa vitória pode ser considerada parcial uma vez que a nova religião teve que adotar os símbolos politeístas anteriores para conseguir se impor.


E é exatamente desse processo de sincretização entre o Deus Único e a Deusa Tríplice pagã que nasceram as grandes contradições do islamismo. Uma vez conquistada por Maomé, as antigas peregrinações que eram realizadas em Meca foram sendo adaptadas à nova crença monoteísta. Tais peregrinações foram chamadas de “Hajj”, um dos pilares do islamismo e uma forma de renovação do pacto com Allah, o deus único. A palavra “Hajj” significa “intenção de visitar”, mas ganhou novo significado ao ser usada para se referir ao conjunto de rituais que os peregrinos devem cumprir.



Rituais do Hajj

Ihram: Antes de iniciar a jornada os fieis devem se vestir com um traje composto de duas peças de tecido branco. O traje significa a igualdade de todos os homens perante Allah. Igualdade somente dos homens, visto que as mulheres continuam usando negro.



Tawaf: Circungirar no sentido anti-horário sete vezes a Caaba.


Depois tocar e beijar a Pedra Negra, enviada por Allah para marcar o lugar do templo construído por Adão e reconstruído por Ismael, filho de Abraão e Hagar e pai de todos os árabes.



Sa’i: Percorrer sete vezes a distância de aproximadamente 500 metros entre dois pequenos montes Safa e Marwa, perto da Caaba, em ritmo acelerado, para lembrar o desespero de Hagar na procura por água para dar ao seu filho Ismael. Hagar foi a escrava que Sara deu a Abraão para que gerasse um filho, Ismael, antes do nascimento de Isaac, seu filho com Sara.

Nesse trajeto os peregrinos bebem a água do poço de Zamzam, que foi criado por Allah nas areias do deserto para salvar Hagar e Ismael.



Depois do pôr-do-sol os peregrinos dirigem-se para Mina, nome de um local perto de Meca, onde os peregrinos acampam, passam a noite e realizam as suas orações. Termina o primeiro dia do Hajj.

Wucuf: No dia seguinte os peregrinos deixam Mina em direção ao Monte de Arafat, que fica a 25 km de Meca para meditar e suplicar perdão a Deus, rezando desde o nascer até o pôr do sol, rendendo-se inteiramente à onipotência de Allah.



Após o pôr-do-sol os peregrinos se dispersam em direção a Muzdalifah. No caminho eles devem recolher21 pedras que serão usadas no ritual do dia seguinte.



Rami: Esse ritual consiste no arremesso das pedras contra três pilares, símbolos das três deusas adoradas nos tempos pré-islâmicos – Al Lat, Al Uzza e Manat.



Sete pedras deverão ser arremessadas contra cada um dos três pilares, que representam o própio Satanás, diabo, demônio...

Dois deles possuem o formato circular com um pilar no centro. Cada um desses três pilares representa uma das três Deusas.



O pilar contido na estrutura circular representa a mulher madura, a mãe, aquela que segura nos braços o trigo da colheita, aquela que porta a lua cheia em sua cabeça, símbolo da fartura e gravidez.



O maior dos três pilares é o Grande Jamarat. Não importa o ângulo pelo qual se olhe, esta estrutura tem, inegavelmente, um formato conhecido. Acertou quem pensou ser o“escudo da Deusa Al Lat, semelhante ao vésica piscis. Não por acaso, ao arremessar cada pedra o peregrino deve dizer “Allahu Akbar” que significa “Allah é o Maior”.



Esse símbolo representa a parte do corpo feminino que alguns poetas chamam de "Portal dos Prazeres". No entanto, esse prazer foi e continua sendo vergonhosamente negado a centenas de milhares de mulheres muçulmanasque sofrem a violência da absurda excisão do clitoris, assunto que já tratamos aqui.



Geralmente no mundo muçulmano os casamentos não são fruto de afinidades, ao contrário. A mulher se vê obrigada a aceitar o marido que lhe impuseram, e deve permanecer fiel a ele se não quiser morrer apedrejada. Já os homens tem o direito de escolher até quatro esposas, podendo esse limite ser expandido de acordo com seu status, a exemplo do Profeta Maomé, que teve mais de uma dezena de esposas simultaneamente. A maneira de exigir que as mulheres se submetessem a estas regras foi punir com a morte aquelas que se rebelassem. O uso indiscriminado da mutilação genital feminina está diretamente relacionado com a obrigação de aceitar o marido que lhe foi imposto. Ela não terá prazer com ele, mas não o terá com outro qualquer.



Não foi o islã quem instituiu o costume da poligamia ou do apedrejamento, ambos encontrados amiúde em outras civilizações ou religiões. Entretanto, o islã manteve intocado tais costumes. A relação existente entre a retirada de direitos das mulheres está diretamente relacionada com a demonização do sexo e da própria mulher. O ritual religioso de jogar pedras no diabo, simboliza a demonização da Deusa Tríplice, do sexo e da mulher.



Por mais insano que pareça, tem-se a impressão que os muçulmanos não percebem a contradição que existe entre o ritual de tocar no “escudo de ouro ou prata” que envolve a Pedra Negra na Caaba, a liturgia de apedrejar os três pilares, e apedrejar uma mulher até a morte. Jamarat é o nome do Grande Pilar que deve ser apedrejado. Ao arremessar cada pedra o peregrino diz “Allah é o Maior”. Maior e menor implicam numa relação de comparação. Allah é maior que a Deusa Al Lat, a Virgem guerreira, que traz o escudo em suas mãos.



A mão que afaga é a mesma que apedreja. Entretanto, para quem tem olhos de ver, não há como não enxergar a correlação existente.



Adolescentes e mulheres maduras continuam sendo mortas a pedradas. Mas hoje sabemos que tal prática está diretamente relacionada com as crenças e liturgia religiosa. Até quando?


Bibliografia:

http://portal.metodista.br/arqueologia/artigos/2012/jordania-petra-e-os-nabateus

https://www.worldhistory.org/trans/pt/1-731/islamismo/ https://brasilescola.uol.com.br/historiag/imperio-bizantino.htm

 
 
 

1 則留言


thaysy.lopes
thaysy.lopes
2023年2月14日

Neide é tão fantástica! Que sorte temos de tê-la conosco. Mais um super texto e mais uma oportunidade de sentir o êxtase que é ouvir, ver ou ler tudo o que ela compartilha. Gratidão por tanto!

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